Tento esvaziar a minha cabeça num exercício descomunal.
Você já tentou ficar um minuto sem pensar?Impossível.
Tento
buscar outros pensamentos de momentos felizes que outrora vivi e acabo numa
astenia imensurável. Logo percebo que essa coisa arrebatadora é astuta e
desprovida de compaixão. Dá-se aí o momento da entrega total. Enfrentando
inimigos internos e externos. Graças a Deus acho que não tenho inimigos
externos. Se os tenho não tiveram a coragem de se revelarem. Nessa entrega
posso ter os seguintes comportamentos:
-choro um choro frio, sem motivo, em que as lágrimas
parecem cessar só ao cair a última gota.
-minha ira floresce ficando a flor da pele;
-posso também cair num sono profundo sem vontade
de acordar;
-odeio ordens;
-detesto esperar;
Algo chega me assolando como um turbilhão, sem
prévia e sem por que;
Às
vezes nem permite uma análise para que eu possa decifrar.
Então tento usar os recursos que
possuo nesse momento de fragilidade. Esforço-me para soprar para longe a visita
indesejável desse cruel inimigo invisível, porém dolorido.
-não suporto perguntas idiotas e minha paciência fica zerada.
-não repito o que já disse.
Como por ironia, justamente nesses dias que começam brotar a minha
criatividade, mas crio quando um impulso enorme me invade. Sigo o meu
ritmo, que vai aumentando no auge do confronto interno.À medida que vou
conseguindo me livrar do turbilhão e da ansiedade, essa inimiga leal que
nunca me abandona totalmente,roubam sem piedade toda a minha criatividade.É
quando caio na inércia.
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