OLHOS DE DEUS
Tão minúscula lá estava,
Muito bela a bailar.
Passa o homem e a mulher,
E nem lançam ali, um olhar.
Passa a moça e a menina,
Cada qual mais vaidosa.
Contando suas façanhas,
Nem a veem e somem em prosa.
Lá vem o menino arteiro,
Com uma bola e seu cachorro.
Nem notaram a pequenina,
Ambos tinham os seus tesouros,
Lá vem o sereno idoso,
Sem pressa para chegar.
Quer ver tudo em minúcias,
O que outrora não soube apreciar
Sentou ali por um instante,
Com os pensamentos seus.
Enxergou nos desenhos das asas,
Os poderosos olhos de Deus.
Com sua grande sabedoria,
O recado o ancião entendeu,
Era o Pai que acompanhava,
Cada um dos filhos Seus.
O ocaso foi chegando,
Em amarelo, azul e violeta.
Despediu-se dos admiráveis olhos,
Que vira nas asas coloridas da borboleta.
( velu)
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